Vivemos num espaço com três diferentes graus
de liberdade para o movimento. Podemos ir para a esquerda
ou para a direita. Podemos ir para frente ou para trás.
Podemos ir para cima ou para baixo. Não são
permitadas outras opções. Qualquer movimento
que fazemos deve ser alguma combinação destes
graus de liberdade.
Qualquer
ponto no nosso espaço pode ser atingido por combinação
destes três tipos possíveis de movimento. Movimentos
para cima ou para baixo são difícieis para
os humanos. Estamos atados à superfície da
Terra pela gravidade. Então não é difícil
para nós andarmos para qualquer lugar ao longo da
superfície não obstruída por objetos,
mas achamos difícil voar para cima e daí para
baixo. O espaço é mais 3-D para um pássaro
ou um peixe do que é para nós.
Duas
dimensões requerem somente dois números para especificar
a localização de qualquer ponto. Existem dois graus
de liberdade em 2-D. |
Três
dimensões requerem três números para especificar
a localização de qualquer ponto. Existem três
graus de liberdade em 3-D. |
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Uma
breve história das idéias sobre dimensionalidade.
Euclides:
Na formulação da geometria de euclidiana uma quarta
dimensão não foi certamente considerada.
Aristóteles:
Foi a primeira pessoa a estabelecer categoricamente que a quarta
dimensão é impossível. No seu trabalho 'Sobre
o Céu' ele escreveu, "A linha tem magnitude em um
modo, o plano em dois modos, e o sólido em três modos,
e além destes não existe outra magnitude porque
as três são todas elas."
Ptolomeu:(150,d.C)
No seu livro 'Sobre a Distância' Ptolomeu deu uma 'prova'
que a quarta dimensão é impossível. Ele sugeriu
que se desenhassem três linhas mutuamente perpendiculares.
Tente desenhar uma outra linha perpendicular a todas estas linhas.
É impossível. A quarta linha perpendicular é
"inteiramente sem medida e sem definição".
A quarta dimensão é impossível. Esta não
é realmente uma prov legítima da 4ª dimensão.
Ela é meramente uma prova de que não podemos visualizar
a 4ª dimensão.
Riemann:
Em 10 de Junho de 1854 um novo modo de observar a geometria foi
apresentado numa famosa aula pelo matemático Bernhard Riemann.
Ele generalizou a geometria euclidiana para uma geometria não-euclidiana
concedendo superfícies curvadas e qualquer número
de dimensões superiores.
As idéias de Riemann fizeram muitas pessoas começarem
a pensar sobre as dimensões mais altas. As pessoas encontraram
que as ramificações da existência da dimensões
mais elevadas eram assustadoras. Se você puder manipular
a quarta dimensão ou dimensões superiores, você
terá os poderes semelhantes aos de Deus.
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Você poderá andar de tal modo que nenhuma parede
poderá detê-lo.
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Você
aparecerá aos outros atravessando paredes e portas.
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Quando
estiver com fome, você poderá simplesmente entrar
no refrigerador, sem abrir a porta.
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Você poderá extrair uma seção
de uma laranja sem descascá-la.
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Você
poderá fazer cirurgias sem cortar a pele.
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Você
poderá desaparecer e reaparecer à vontade.
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Você
será capaz de ver as pessoas que foram enterradas por
uma avalanche. |
O método padrão pelo qual as pessoas tentam
entender as dimensões superiores é tentar ver como
uma criatura de mais baixa dimensão veria um mundo tridimensional.
Para este propósito o mundo 2-D é freqüentemente
usado. Vamos considerar um mundo 2-D. Para aprisionar um criminoso
num tal mundo, tería de ser colocado em volta dele uma
delimitação circular. Para libertá-lo, tudo
que uma criatura 3-D tem de fazer é desgarrá-lo
do mundo 2-D, e depositá-lo novamente em outra parte de
seu mundo. Esta façanha, que é muito comum no 3-D,
parece fantástica no 2-D. Ninguém no mundo 2-D entende
o que significa a direção para cima. Os órgãos
internos de uma criatura 2-D seriam visíveis para nós.
Seria trivial penetrar numa criatura 2-D e fazer cirurgia sem
cortar a pele. Observando este mundo plano, notamos que somos
onipotentes. A criatura 2-D não pode se ocultar de nós.
Ela nos veria como tendo poderes mágicos.
No final dos anos de 1800, a idéia de uma quarta dimensão
tornou-se muito popular. Em 1877, uma acusação
escandalosa em Londres deu à idéia de dimensões
extra uma notoriedade internacional. Um mágico e paranormal
de nome Henry Slade foi preso por usar fraudulentamente quiromancia
e etc., para enganar seus clientes. Físicos proeminentes
da época vieram em defesa de Slade reivindicando que seus
feitos paranormais realmente provaram que ele poderia invocar
espíritos da quarta dimensão. Os detratores disseram
que os cientistas, por estarem treinados a confiarem em seus sentidos,
são as piores pessoas possíveis para avaliarem um
mágico. Para objetivamente testar um mágico/paranormal
precisar-se-ia de um outro mágico. Eles saberiam quando
algum truque estivesse sendo feito.
Flatland |
Em 1884 um diretor de escola em Londres, chamado
Edwin
Abbott (1838-1926) publicou uma novela satírica
chamada 'Flatland:
Um Romance de Muitas dimensões.'
Este livro trabalha em vários níveis
esboçados abaixo.
Flatland é uma estória
que pode ser interpretada de vários modos.
(1) É uma sátira sobre
a estagnada e insensível sociedade Victoriana,
um lugar cheio de fanatismo e preconceitos sufocantes.
"Incapazes" (aleijados) são postos
a morrerem, mulheres não tem os seus direitos
por completo, e quando o protagonista da estória
Sr. A. Square tenta ensinar a seus discípulos
sobre a terceira dimensão, ele é aprisionado.
(2) É um trabalho científico.
Pensando sobre as dificuldades de A. Square no entendimento
da terceira dimensão, tornamo-nos bem mais
capazes de tratar com nossos próprios problemas
da quarta dimensão.
(3) Num nível mais profundo,
podemos talvez ver Flatland como um caminho indireto
de Abbott falar sobre algumas experiências espirituais
intensas.
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Flatland é um plano habitado por criaturas
que escorregam sobre ele. As classes mais baixas no
Flatland são triângulos com somente dois
lados iguais.
As classes superiores são objetos com todos
os lados iguais. Quanto mais lados se tem em Flatland,
maior será o seu status social. A maior classe
social de todas é aquela dos objetos que tem
seus lados tão pequenos e iguais que são
indistinguíveis dos círculos perfeitos.
Os círculos puros são os altos sacerdotes.
A mulher em Flatland não é mesmo um
miserável triângulo, elas são
apenas linhas, infinitamente menos respeitadas que
os círculos sacerdotais. A discussão
da terceira dimensão em Flatland é estritamente
proibida. A vida do Sr. Square é rompida um
dia por uma criatura 3-D chamada Lorde Sphere. Lorde
Sphere manifestou-se como um círculo no mundo
2-D, que pôde magicamente mudar de tamanho.
Lorde Sphere desgrudou o Sr. Square do Flatland
2-D e o arremessou para o "spaceland". O
Sr. Square vê somente as seções
transversais dos objetos 3-D. Coisas aparecem e desaparecem,
e mudam de forma rapidamente. Quando o Sr. Square
retornou a Flatland, contou aos outros a sua experiência.
Ele foi preso e colocado num confinamento solitário,
como punição por ter dito aos outros
que a terceira dimensão existe.
|
Para ver o que o ilustre físico Richard P. Feynman
escreveu sobre isso no famoso livro "The Feynman - Lectures
on Physics" clique aqui
Os anos de 1890 a 1910 podem ser pensados como os anos
áureos da 4ª dimensão. Idéias sobre
dimensões maiores permearam círculos literários,
o avant garde, e o pensamento do público em
geral, afetando as tendências da arte, literatura e
filosofia.
Alguns historiadores da arte argumentaram que a quarta
dimensão crucialmente influenciou o desenvolvimento
do Cubismo e do Expressionismo no mundo da arte. Em particular,
isto tomou a forma de uma revolta artística contra
as leis da perspectiva.
A arte religiosa
da Idade Média ficou notável pela sua
deliberada perda de perspectiva. Seus quadros estavam cheios
de pessoas e vizinhanças planas. Esta arte refletia
a visão da igreja de que Deus era onipotente e poderia
por isso ver todas as partes do nosso mundo igualmente. Não
era necessária a perspectiva para visão de Deus
a respeito das coisas. Daí de acordo com a igreja,
a arte tinha de refletir o ponto de vista de Deus. Todas s
pinturas tinham de ser bidimensionais.
Arte da Idade Média:
A Tapeçaria de Bayeux
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A
arte renascentista era uma revolta contra esta forma
restrita de arte. A perspectiva na arte começou então
a ser muito mais popular.
Arte
Renascentista: Quadro de Leonardo Da Vinci 'A Última Ceia' |
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A
arte cubista revoltou-se contra as restrições
impostas por aquela perspectiva. A arte de Picasso mostra
uma rejeição clara a perspectiva, com faces
femininas vistas simultaneamente de vários ângulos.
A pintura de Picasso mostra perspectivas múltiplas,
como se ela fosse pintada por alguém da 4ª dimensão,
capaz de ver todas as perspectivas simultaneamente.
Arte
Cubista: Pintura de Picasso 'Retrato de Dora Maar' |
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Na
Europa, nos anos finais de 1800, falar sobre a 4ª dimensão
era o que se fazia nas festas e outras reuniões sociais.
Eventualmente as idéias da quarta
dimensão cruzou o Atlântico e veio
para os Estado Unidos. O principal proponente de todas as coisas
4-D era um matemático inglês, de cor, chamado Charles
Hinton. Hinton consumiu toda a sua vida adulta obcecado pela popularização
e visualização da quarta dimensão. Em 1885
ele foi preso por bigamia, na Inglaterra, e posto em julgamento.
Ele ficou preso por três dias. Imediatamente após
a isso ele partiu para o Japão, e acabou chegando aos U.S.A.
em 1893.
Hinton
queria que existisse um nome para se ir de um lado para ao outro
na quarta dimensão, simplesmente como:
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para
frente e para trás
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esquerdo
e direito
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para
cima e para baixo
|
Suas
correspondentes palavras construídas para esta quarta dimensão
eram ANA e KATA.
Se você estivesse indo na direção ana na quarta
dimensão então você estaria indo na direção
oposta de alguém indo na direção kata.
Hinton
também foi a pessoa que imaginou um nome para o hipercubo
quadrimensional. Ele chamou-o de TESSERATE.
Este hipercubo é a generalização do cubo
tridimensional. Todos os seus lados devem ser do mesmo comprimento.
Existem
três maneiras de se visualizar o Tesserate
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(1)
O método análogo ao desdobramento.
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(2)
O método de observar a sombra numa dimensão
mais baixa.
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(3)
O método do fatiamento (i.e., usar seções
transversais).
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Método
1 Supomha que você tenha
de fazer um modelo tal que um Flatlander possa visualizar com
que se parece um cubo 3-D. Um modo de fazer isto é desdobrar
o cubo e estendê-lo num plano. A criatura 2-D agora seria
no mínimo capaz de observar os lados do objeto todo e seria
capaz de obter algum sentimento do que ele se parece quando é
dobrado de volta para a sua forma usual 3-D. Note que quando a
criatura 2-D observa como o cubo é dobrado mais uma vez,
ela verá no final somente uma face apenas existente no
seu mundo 2-D.
Com
que se pareceria um hipercubo desdobrado e estendido no 3-D? Ao
invés de se estenderem áreas como foi feito no diagrama
acima, seriam, então, estendidos volumes. Simplesmente
como as áreas acima são quadrados 2-D, os volumes
que emergiriam com um hipercubo desdorado seriam cubos 3-D. A
representação de um hipercubo 3-D desdobrado se
pareceria com o seguinte objeto.
O
hipercubo desdobrado espalha-se num arranjo de oito cubos
3-D. Note que quando dobrado de volta novamente o hipercubo
deixa somente um cubo de sobra no nosso mundo 3-D. |
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Esta
forma da projeção de hipercubos tem sido feitas
em papagaios de papel como mostrado abaixo.
(Clique
para torná-la maior)
Ela
também tem sido mostrada na arte como na pintura feita
por Savador Dali mostrada abaixo.
(Clique
para torná-la maior)
Método
2 Um outro modo de se mostrar
com o que parece o cubo 3-D para uma criatura 2-D seria iluminar
o objeto para ver como sua sombra se projeta sobre uma superfície
2-D. A criatura 2-D tentaria então inferir da forma da
sombra o que o objeto 3-D poderia se assemelhar. Note que existem
seis áreas limites no espaço da criatura 2-D, vindas
do objeto 3-D. Isto corresponde a seis áreas que estavam
presentes no caso desdobrado discutido acima.
Qual
é a análoga situação para o hipercubo?
Acima existiam 8 volumes. Esperamos que isto ainda seria verdadeiro
neste instante. Deveriam existir 8 volumes ressaltados na "sombra"
projetada do objeto 4-D num espaço 3-D.
Método
3 A última maneira de mostrar
com o que o cubo 3-D realmente se parece para uma criatura 2-D
seria fatiar o cubo
3-D em áreas, e dar cada fatia para uma criatura 2-D analisar.
Uma fatia de um cubo 3-D é simplesmente um quadrado. Um
cubo são muitos quadrados comprimidos todos juntos. Daí
qualquer cubo pode ser decomposto em uma seqüência
de fatias quadradas.
Uma
fatia de um hipercubo será uma generalização
da fatia do cubo 3-D. As fatias seria volumes ao invés
de áreas.
Para
desenhar a versão fatiada do hipercubo você primeiro
desenha dois cubos lado a lado. Daí faça a conexão
dos pontos correspondentes de cada cubo. |
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Este
modelo para os hipercubos foi apresentado primeiramente por Claude
Bragdon no seu livro em 1913 "A Primer of Higher Space".
Bragdon era um arquiteto que incorporou este e outros modelos
4-D em algumas de suas construções. O edifício
da Câmara do Comércio (Chamber of Commerce) em Rochester
, New York, é uma de suas construções baseadas
nas idéias 4-D.
Para
um hipercubo animado clique aqui: HIPERCUBO
GIRANTE.
Um
bom link para a discussão de estruturas 4-D é http://home.earthlink.net/~bprice/math.html
Críticas
às idéias 4-D
Em retrospecto,
as idéias de Riemann apresentadas em 1854, foram popularizadas
a uma vasta audiência no final ds anos de 1800 e começo
dos anos de 1900 por místicos, filósofos e artistas.
Nosso entendimento da natureza não foi mensuravelmente aumentado
por estas tentativas de analisar dimensões superiores como
esperava Riemann.
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Não
existia tentativas de se usar o hiperespaço para simplificar
as leis da natureza.
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Nenhuma
tentativa foi feita para usar a matemática de Riemann
de maneira aplicada. Ela tornou-se um ramo da matemática
pura.
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Não
existia confirmações experimentais da 4ª
dimensão.
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Não
existiam boas justificativas físicas para a 4ª
dimensão; estórias de fantasmas não foram
suficientes.
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Dentro
de poucas décadas do pico de interesse da 4ª dimensão
extra do espaço, Einstein relacionou o tempo à 4ª
dimensão. Isto mudou a maneira de como as pessoas viam a
4ª dimensão.
Moderno Ressurgimento
do interesse em Dimensões Superiores
Em física a dimensão espacial
extra foi trazida de volta. Em 1919, Einstein recebeu uma carta
de Theodor
Kaluza. A carta o surpreendeu porque Kaluza tinha, com sucesso,
generalizado a teoria de Einstein da gravidade para cinco dimensões
(uma dimensão para o tempo e mais 4 dimensões
espacias). O que assombrava Einstein era que adicionando uma
dimensão espacial extra Kaluza obteve, não somente
a teoria da gravidade, mas também uma teoria do eletromagnetismo.
Estas ideias nunca receberam uma atenção maior
e ficaram à margem da estrada. Nos anos de 1980, impelido
por um desejo de construir uma teoria da natureza que pudesse
incorporar todas as forças fundamentais, os físicos
ressuscitaram as idéias de Kaluza sobre dimensionalidades
superiores, Einstein e outros. Desde então a teoria de
dimensões superiores tem se tornado uma ferramenta bem
respeitada na tentativa de descrever a natureza numa maneira
unificada. Hoje uma das mais respeitadas tentativas de descrever
todas as forças fundamentais numa teoria unificada é
a chamada Teoria
das Supercordas. Esta teoria assume que a maioria das entidades
fundamentais são pacotes de energia semelhantes à
cordas, a partir das quais todas as partículas fundamentais
podem ser construídas. A teoria
padrão das supercordas assume que o espaço
tem 9 dimensões espaciais e que existe uma dimensão
extra para o tempo. Seis das 9 dimensões extras são
curvas de raios muito pequenos. Isto supostamente aconteceu
muito primitivamente na evoluçao do universo. Por isso,
vivemos agora num universo 3-D.
Dimensões
e Subsistemas Auto-consistentes
São comuns os argumentos de que somente
a vida é 3-D.
Quando a dimensionalidade
do espaço é maior do que três, pessoas
tem mostrado que formas semelhantes de eletromagnetismo e gravidade
existiriam no superior.
Quando a dimensionalidade
do espaço é menor do que três dimensões,
tem sido argumentado que sistemas neurológicos para qualquer
criatura 2-D não seria complexa o suficiente. Os nervos
cruzar-se-iam nas nestas criaturas, tornando a transmissão
do pensamento muito difícil. O cientista da computação
A.K. Dewdney da Universidade de Western Ontario propôs
que esta objeção poderia ser contornada pela presença
de nós interruptores no cérebro 2-D. Quando um
pensamento tem de ser transmitido ele alcança os interruptores
através de uma grade de caminhos neurais, cruzados, e
é interrompido simplesmente como é feito nos semáforos
dos cruzamentos com o tráfego de carros. Um outro problema
com as criaturas 2-D é a digestão. Um aparelho
digestivo baseado nas criaturas 3-D ficaria cortado em dois
pedaços nas criaturas 2-D.
Esta objeção para a vida 2-D,
entretanto, pode facilmente ser contornada. Podemos permitir
que as criaturas 2-D sejam construídas como alguns platielmintes,
que tem somente uma abertura no seu aparelho digestivo. Estas
criaturas alimentam-se, e expelem os resíduos, pela mesma
abertura. Alternativamente, as criaturas 2-D podem ter um 'auto-controle
intestinal'. Cada lado do tubo digestivo teria projeções
interbloqueadas. Esta estrutura semelhante a um zíper
é aberta na boca quando a criatura se alimenta. Quando
a comida passa pelo corpo, o ziper se fecha atrás dos
alimentos e se abre à frente dele . O corpo desse modo
permanece junto.
Não
está claro se os argumentos apresentados sobre vidas de
diferentes dimensões estão corrretos, já
que eles são de certa forma antropocêntricos. Por
que deveriam as estruturas de energia serem as mesmas em universos
dimensionalmente diferentes e desarticulados ? Se elas não
são as mesmas, então qualquer análise que
as pessoas fizessem para mostrar a unicidade do 3-D é falha.
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