1) Porque devo aplicar em Fundos de Investimento?

É consenso entre os profissionais da área financeira de que é muito melhor para um investidor diversificar sua carteira entre várias ações e títulos a apostar tudo em um só investimento. Ao diversificar, as perdas em uma aplicação serão compensadas por ganho em outras. Na maioria dos casos pode ser caro para um investidor sozinho montar uma carteira individual. Saber o que comprar no momento certo é um trabalho que demanda tempo e experiência. Por essa razão é que a aplicação em fundos é indicada. Os administradores de fundos buscam facilitar essa tarefa para o investidor. Os fundos são compostos por vários aplicadores que, juntos, detém maior poder de compra e podem investir em vários ativos financeiros, possibilitando a diversificação de portfólio. No ato da aplicação em um fundo, o cliente compra um certo número de quotas. Dia-a-dia, o valor das quotas pode variar conforme as alterações nos valores dos ativos que compõem a carteira do fundo.

2) Quais as vantagens de se aplicar em fundos?

Dentre as principais vantagens estão a possibilidade de depositar pequenas quantias e a garantia de que a administração é feita por profissionais qualificados, que acompanham o dia-a-dia dos ativos para auferir rentabilidade. Além de ser um produto de alta liquidez - permitindo ao cotista entrar e sair da aplicação a qualquer momento -, o fundo minimiza a exposição do investidor ao risco, já que aplica em diferentes classes de ativos.

3) Quais são os pontos importantes a se considerar antes de investir em um fundo?

Um dos pontos fundamentais é o nível de risco, pois cada modalidade de investimento apresenta características próprias. Isso quer dizer que o risco pode ser maior ou menor, dependendo do investimento. Por exemplo, os fundos de Renda Fixa DI, que acompanham o nível das taxas de juros, possuem riscos menores que os Fundo de Ações, uma vez que é possível prever o nível das taxas de juros - o que não é possível no caso do valor das ações. O conhecimento prévio das características de cada aplicação é de vital importância para que o investidor selecione aquela que se adapte melhor ao seu perfil de investimento. A melhor aplicação é aquela que oferece maior retorno para determinado nível de risco. Diversificar os investimentos é uma boa estratégia para reduzir as possibilidades de perdas de patrimônio. Além do risco, deve-se ter em mente quais são as metas a serem alcançadas com o investimento e quando precisará do dinheiro nele aplicado.

4) Meu fundo pode apresentar rentabilidade negativa?

Sim. Quando estamos aplicando em um fundo de perfil agressivo, temos que ter em mente o fato de que para alcançar maior rentabilidade os administradores irão assumir maiores riscos. Portanto, a ocorrência de algum evento político ou econômico pode levar a uma rentabilidade negativa.

5) Um fundo com grande patrimônio oferece maior segurança e rentabilidade?

Fundo com grande patrimônio não é sinônimo de segurança e nem de maior rentabilidade. Assim como a instituição financeira que tem sob sua responsabilidade maior volume de recursos pode não a melhor administradora. A qualidade do fundo está associada à capacidade e conhecimento de seus gestores. Há quem diga que é mais difícil obter bons resultados na administração de volumes expressivos de recursos. Isso porque carteiras menores possibilitam maior maleabilidade e agilidade na negociação. Mas há quem defenda a tese de que com mais dinheiro é possível barganhar melhores taxas. Mais importante do que a análise do tamanho do fundo é o acompanhamento do seu desempenho por um prazo mais longo, com observação dos resultados mês a mês.

6) Qual a razão para a escolha de um fundo com maior risco de investimento?

Com ativos de maior risco a expectativa de retorno é maior, o que chamamos relação risco/retorno. Isto está relacionado à atuação do administrador do fundo pois, quanto mais eficiente ele for, melhores serão os retornos apresentados, diminuindo o risco do investidor.

7) Em que tipo de fundo o patrimônio influi mais diretamente?

O patrimônio influi menos nos fundos de renda fixa que nos de renda variável. Um fundo DI, num mercado com muita liquidez, pode ser pequeno ou grande que não faz diferença. O mesmo não ocorre num fundo de renda variável. Por exemplo: um fundo de ações com capital inferior a R$ 4 milhões pode ficar muito caro para administrar, pois os custos fixos (auditoria, taxas a serem pagas à CVM) acabam divididos por um número menor de cotistas. Num fundo maior, esses gastos são diluídos entre muitos investidores. No entanto, um fundo de ações de grande porte pode ter problemas para comprar papéis que são menos negociados.

8) Como é calculado o valor da cota de fundos de Investimentos?

O cálculo do valor da cota é diário. Ele é o resultado da divisão do patrimônio líquido pelo número de cotas em circulação.

9) Quais as responsabilidades do Administrador de um Fundo?

O Administrador é responsável pela contabilização das operações dos fundos, guarda dos valores mobiliários, recolhimento de impostos, e uma série de outras obrigações impostas pelas autoridades fiscalizadoras. Contudo, sua principal atribuição é de procurar cumprir da melhor forma possível os objetivos do fundo, no que diz respeito  a rentabilidade do investimento, grau de exposição a risco e liquidez das aplicações. A política de investimento tem que estar coerente com a argumentação adotada no momento da venda do fundo ao investidor.

10) Quais são as taxas mais comuns que as instituições cobram nos serviços de Administração de Fundos?

Em geral, as instituições cobram uma taxa fixa pelos serviços de administração. Essa taxa é calculada diariamente sobre a variação do patrimônio líquido do fundo. Na maioria dos casos, a taxa de administração - que é a remuneração do profissional que faz a gestão da carteira - é paga mensalmente e os preços oscilam de 0,5% a 12% ao ano. Há também as taxas de performance, que incidem sobre o patrimônio líquido quando a rentabilidade supera a variação do indicador que serve de parâmetro para o fundo (Índice Bovespa para fundos de renda variável e Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI para fundos de renda fixa, por exemplo).

11) Quais são as tributações que incidem sobre fundos de Renda Fixa e Renda Variável?

A valorização nominal das aplicações em fundos de renda fixa sofre incidência de 20% do Imposto de Renda (IR), retido diretamente na fonte. Há incidência de 10% sobre a valorização nominal das aplicações em fundos de renda variável.

12) O que é o benchmark de um fundo?

O benchmark é o indicador com o qual pode-se comparar a rentabilidade de um fundo.Tem a finalidade de indicar se a rentabilidade do fundo em questão encontra-se acima ou abaixo em relação ao que lhe serve de referência. Por exemplo: alguns Fundos de Ações Passivos seguem o benchmark do Ibovespa e se comprometem em buscar rentabilidade semelhante a este índice. Outros Fundos de Ações Ativos procuram perseguir rentabilidade superior ao benchmark indicado.

13) O que é um fundo puramente passivo?

Um fundo puramente passivo é aquele que reproduz um determinado benchmark , sem tirar nem por. Quando um investidor coloca seu dinheiro em um fundo puramente passivo, ele não está dando nenhuma autonomia ao gestor: este deve reproduzir com fidelidade o comportamento do benchmark.

14) O que é um fundo ativo?

O fundo ativo não tem compromisso com nenhum benchmark: o gestor recebe total autonomia por parte do investidor para fazer o que bem entender com os recursos, na busca da máxima rentabilidade a todo momento, não se importando com os riscos assumidos. Na prática, não existem fundos totalmente ativos. O gestor sempre se pauta, até para auto-avaliação, no comportamento de algum benchmark. Além disso, compara-se também a sua performance com a de outros fundos, através de um ranking.

15) O que é o Índice de Sharpe?

 

Espera-se que um fundo com risco maior tenha uma média de retornos maiores. A medida mais conhecida desta relação entre risco e retorno é o chamado - Índice de Sharpe - , que tem a seguinte fórmula:

 

média de (Rf - R0)

IS =

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desvio-padrão (Rf - R0)

A parcela (Rf - R0) mede o prêmio pago pelo risco assumido, já descontada a rentabilidade de um ativo sem risco. E o IS nada mais é do que a relação direta entre o retorno e o risco. Na verdade, o Índice de Sharpe é usado para medir a relação entre o risco e o retorno de uma determinada aplicação em um período já decorrido. É preciso considerar que o cálculo desse índice é baseado em informações passadas. Portanto, ele não garante o comportamento futuro de nenhuma aplicação.

16) Porque a classificação de risco (rating) de um fundo é importante?

Através da classificação de risco pode-se ter a garantia de que uma empresa independente e especializada avaliou o fundo, atribuindo-lhe uma nota que está relacionada ao grau de risco.